15 novembro 2007

EU ROSIE, SE EU FALASSE, EU DIR-TE-IA...


Eu, Rosie, eu se falasse eu dir-te-ia
Que partout, everywhere, em toda a parte,
A vida égale, idêntica, the same,
É sempre um esforço inútil,
Um voo cego a nada.
Mas dancemos; dancemos
Já que temos
A valsa começada
E o Nada
Deve acabar-se também,
Como todas as coisas.
Tu pensas
Nas vantagens imensas
De um par
Que paga sem falar;
Eu, nauseado e grogue,
Eu penso, vê lá bem,
Em Arles e na orelha de Van Gogh...
E assim entre o que eu penso e o que tu sentes
A ponte que nos une - é estar ausentes.


Reinaldo Ferreira

3 comentários:

Dalaila disse...

as pontes... que unem e desunem....

Luis Beirão disse...

Sobretudo, e porque muito frequentes, as ausências presenciais e as presenças ausentes... Mas gosto mesmo é da expressão "um voo cego a nada"...

Claudia Sousa Dias disse...

:-)

CSD


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