Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca
Embora este poema seja mais do que conhecido, e citá-lo é quase o cliché dos clichés, nem por isso é menos bonito. E pronto, apeteceu-me...
4 comentários:
Este poema,é um hino! Sempre.
Quero conhecer esse poeta!
Beijo
Ola Luis, é o Tiago
é possivel fazeres um post a divulgar o lançamento do livro este sabado? os dados estao aqui:
www.tiagonene.pt.vu
obrigado
Tiago Nené
Gosto muito da Florbela, identifico-me muito com o que ela escreve e com o seu lado maníaco-depressivo. Gostaria de comentar um poema dela que me dissesse mais do que este mas, de qualquer forma, não deixo de dizer que ela me faz gostar de poesia...
Olá Rita,
Como vês, mesmo que a um poema mais antigo, vi o teu comentário. Aliás, fico sempre satisfeito quando vejo que alguém "vasculha" pra lá dos posts imediatos e busca na biblioteca, coisa que te agradeço.
Pode ser que em ocasião propícia eu coloque algo da Florbela que te possa agradar um pouco mais.
Bjs,
Luis
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