16 dezembro 2007

ESPERA


As aulas acabaram...
E eu dirijo-me para casa, lentamente,
Pela rua que sei que percorres
Sempre que recolhes
Ao teu casulo de ninfa.
O sinal mudou, os carros passaram,
E eu fico aqui, dormente,
Com os olhos inundados
Pelo sol matinal...
Depois, sem pressa, calmamente,
Quase de pés arrastados,
Caminho, à espera do teu sinal.
Vou olhando para trás, chateado,
Por ver assim contrariado
O encontro casual
Que eu havia planeado
Toda a noite anterior.
Viro o relógio, de coração apertado,
E olho o mostrador,
Cheio de grande ansiedade
E um misto de terror,
Mas tu já não vens, já é tarde,
Para ver passar o amor...

Luis Beirão
.
.
.
Nota: lamechice pegada, dirão... acontece que tenho um grande carinho por este poema singelo, escrito com 17 verdes aninhos... tem a ver com um tipo de sentimento que nos faz sentir quentinhos por dentro, que muitos de nós já esqueceram. E que urge relembrar...
Nota 2: a versão audio que podem ouvir resulta de muitas peripécias e também já data de há pelo menos 4 anos atrás.

9 comentários:

Dalaila disse...

é tão bom ler-te
....

é tão bom recordar momentos,
lamechice,
nem penses,
bem haja a quem pense assim,
e não deixe passar o amor,
no nosso tempo.

(Vou ler com calma os outros)

BEIJINHO

Dalaila disse...

é tão bom ler-te
....

é tão bom recordar momentos,
lamechice,
nem penses,
bem haja a quem pense assim,
e não deixe passar o amor,
no nosso tempo.

(Vou ler com calma os outros)

BEIJINHO

Luis Beirão disse...

Olá Dal...!

Long time no see, desde a troca de palavras durante o retiro madrileno. Obrigado por passares por aqui...

Bjs, Luis

Brunhild disse...

Eu gostei. É bonito na sua simplicidade.

bjs,
Gabriela (Púcaros)

Luis Beirão disse...

Ora aí está Gabriela,

Simplicidade é por vezes a palavra-chave...

Bjs, Luis

Unknown disse...

Adorei o poema.
Fez-me lembrar de tempos passados...de situações que já nem me lembrava.
E não é nada lamechas, apenas sentido.
Beijos
Lena

Luis Beirão disse...

Olá Lena!
Ainda bem que gostaste, fico feliz. Sobretudo por te teres lembrado de passar aqui pela minha barraquita.
Bjs

cláudia pinho disse...

Que bem que soube ouvir-te neste poema. É como a "Cinderela" que tu tanto gostas, tem daquela simplicidade que não vem só, que vem com pozinhos pirlimpimpim!

Luis Beirão disse...

Pois, Cláudia...

Infelizmente (ou felizmente) o raio dos pozinhos são uma raridade de difícil obtenção, e nem sequer os há à venda na farmácia ou assim...ainda por cima, têm a mania de ser em parte eles a escolher as alturas em que surgem, e não aparecem por decreto ou simples vontade. É uma chatice ;-).

Bjs


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