Tu que dormes a noite na calçada de relento
Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento
És meu irmão amigo
És meu irmão
E tu que dormes só no pesadelo do ciúme
Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume
E sofres o Natal da solidão sem um queixume
És meu irmão amigo
És meu irmão
Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher
Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e combóios de luar
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar
És meu irmão amigo
És meu irmão
E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
És meu irmão amigo
És meu irmão
Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher
José Carlos Ary dos Santos
Nota: este poema está musicado por Fernando Tordo, numa canção interpretada por Paulo de Carvalho. Foto acima: tradicional madeiro de Natal - fogueira de Natal feita no largo das povoações de algumas regiões do interior de Portugal, para onde converge toda a gente na noite de dia 24.
4 comentários:
Feliz Natla meu lindo, ainda ligo
Espero que tenhas tido um excelente Natal diante do calor de uma fogueira e da companhia do vinho da amizade.
Umbeijo
Cláudia
estas mto fotogenico tu pá!!!!
Um muito bom ano, para vocês, Dal, Claúdia, Gil... Retribuo-vos a dobrar, pode ser?
Eh lá, Gil, tens bom olho, mesmo desfocadito 8por isso é que estou fotogénico), lá fui apanhado...
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