De um lado terra, doutro lado terra;
De um lado gente; doutro lado gente;
Lados e filhos desta mesma serra,
O mesmo c´os olha e os consente.
O mesmo beijo aqui; o mesmo beijo além;
Uivos iguais de cão ou de alcateia.
E a mesma lua lírica que vem
Corar meadas de uma velha teia.
Mas uma força que não tem razão,
Que não tem olhos, que não tem sentido,
Passa e reparte o coração
Do mais pequeno tojo adormecido.
Miguel Torga
26 janeiro 2007
FRONTEIRA
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1 comentário:
Luís, adoro o teu blog! Vou voltar cá muitas vezes!
Já postei o comentário àquele livro cujo texto eu li da última vez que estive na Onda Poética!
Beijinhos
CSD
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