28 abril 2009

A VIRGINDADE DA MADALENA


(nono ano, esc. sec. josé régio, vila do conde, oitenta e sete)


não levantes a saia enquanto te espreito,
seria demasiado perigoso se me
tornasses impossível resistir-te

já tenho apreciado o modo como
segues pela rua olhando para a
janela do meu ansioso quarto

já tenho suspeitado que, como eu,
queres que o teu corpo aconteça
esplendorosamente junto ao meu

e só não te toquei ainda
porque me seduz a proximidade da
primavera e a ideia de esperar

conheço um campo que se enche de
flores, era lá que te queria nua,
a saia no chão para não te sujares

e deus queira não saibas quase nada,
mais me apetece poder ensinar-te
coisas pequenas que te pareçam descomunais




Valter Hugo Mãe

Poeta que reside em Vila do Conde, e que já tive o prazer de conhecer. Prémio Literário José Saramago 2007. Para mais informações, clicar AQUI
Imagem: Joana Croft (Matosinhos - Portugal)


5 comentários:

Claudia Sousa Dias disse...

:-)

coisas pequenas que pareçam descomunais...


eheheh...


csd

Luis Beirão disse...

Ora ora,

Não sei que tipo de "coisas pequenas" motiva o teu "eheheh", mas posso garantir-te que (na minah interpretação), a expressão apenas se refere aos pequenos pormenores sem importância, que terão, afinal, toda a importância do mundo...

Bjs, Cláudia!

Claudia Sousa Dias disse...

oh, sem dúvida, luís, sem dúvida

:-)


csd

tecas disse...

de pequenino...
Lindo, excelente.
Bji e obrigada por o divulgares Luis.

Luis Beirão disse...

Olá Tecas,

Obrigado pela visita.
Sim, esta das "coisas pequenas" do tempo de "pequenino" está bem apanhada.

Bjs,
Luis


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