27 março 2009

POESIA E SAPATOS


De bruços me debruço mais ainda
até sentir os olhos tumefactos,
para saber até que ponto é linda
a intrigante cor desses sapatos

que às tuas pernas dão um brilho tal
e uma leveza tal ao teu andar
que eu penso (embora aches anormal)
que nunca te devias descalçar.

Também porquê, se já não há verdura
nem tu és Leonor para correr
descalça, no poema, à aventura?

O mais difícil, hoje, é antever
quem é que vai à fonte em literatura
e que água dá aos versos a beber.



Joaquim Pessoa

8 comentários:

Claudia Sousa Dias disse...

"quem é que vai à fonte (..)
e que água dá aos versos a beber..."


:-)))



bom, muito bom...

beijinhos


csd

Luis Beirão disse...

Uns sapatos cheios de significação, claúdia ;-)

Bjs,
Luis

Claudia Sousa Dias disse...

sim, sem dúvida.

gostava daqueles que estão na foto.

rosso passione...

por acaso é o meu sonho desde quue li Andersen.

;-)


o pior é que depois de calçados, apessoa nunca mais consegure ~parar de dançar...torna-se um vício.

bjs

Luis Beirão disse...

Olha, olha...

Dançar não é tão mau assim...
Embora reconheça que ir à fonte descalça pela verdura é capaz de ser bem mais agradável

Bjs,
Luis

Claudia Sousa Dias disse...

são duas coisas que deliciam dependendo das circunstâncias


:-)


CSD

Dalaila disse...

essa poesia tem todo o corpo

Luis Beirão disse...

Pois é, Dal...

Por acaso tem!!!E tudo com uns sapatos como mote.

Bjs,
Luis

mariza disse...

E se for assim: Diz-me o que calças que direi quem és!

viver na poesia é uma dádiva!


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