Estas
páginas foram escritas a caminhar sobre a água, e só assim se
podem ler. Não procurei nada, não retive nada. Limitei-me a
acusar o choque — brutal, por vezes — de um grão de pólen ou
de uma brisa inesperada.
Não conheço outro ritmo que não seja o das estações. Outra música que não a das gotas de chuva nos limoeiros. Outra fuga que não a de um pássaro assustado com a sua própria sombra.
No fundo, o que me recuso a acreditar é que estejamos condenados. Apesar dos prados envenenados, da lenta agonia dos rios e do mar. Da atmosfera cada vez mais carregada das cidades. Contanto que a poesia seja — continue a ser —
um lugar
onde ainda se pode
respirar
Jorge de Sousa Braga
4 comentários:
onde se possa fazer poesia. Há um convite para vires declamar a famalicão: Fernando Pessoa. No Museu ferroviário. Posso dar o meu contacto ao teu colega?
csd
Cláudia,
Podes. Mas é certo e sabido que agora o meu tempo é contado. Veremos...
Bjs
Vim para encontrar novos amigos e ao mesmo tempo divulgar meu blog, encontrei o seu blog que óptimo,
Quero apresentar o Peregrino E Servo.
Se desejar fazer parte esteja à vontade.
Sou António Batalha.
simply stopping by to say hi
Enviar um comentário